Os problemas do Parque têm que ser vistos e resolvidos com um projeto de saneamento geral

Os problemas do Parque têm que ser vistos e resolvidos com um projeto de  saneamento geral Por Sarnelli

Sob o título “Estão esperando um tragédia para tomar providência”, foi colocada uma postagem neste Blog referindo-se à estrutura existente na rua Feira de Santana, que é uma novela iniciada há 48 anos sem que se veja, ainda, uma luz no fim do túnel, anunciando a solução do problema.

A minha amiga Dra. Luiza Ribeiro, (se criou no Parque) antiga moradora na rua Feira de Santana, voltou ao rincão para se deparar com a monstruosidade arquitetônica que viu no espaço onde antes foi a sua linda casinha, construída por seu pai, em posição privilegiada, também de frente para o jardim ou Praça Dr. Carlos Batalha .

Aliás, a casinha tem a sua história para contar. Mas não agora, A reforma foi feita na “ marra” , foi interditada diversas vezes. Interdições não respeitadas ,obrigaram a SUCOM a agir com mais rigor e hoje, no lugar de um, temos dois elefantes brancos no Parque, precisamente na rua Feira de Santana.

As construções, no caso a carcaça e o imóvel inacabado, são apenas parte do problema do Parque Cruz Aguiar. Todo mundo sabe que este loteamento nasceu residencial, mas, com a cidade crescendo, a prefeitura danou a liberar, indiscriminadamente, alvarás para diversos tipos de atividades que incluem uma universidade (!?), uma academia de ginástica na pracinha, uma escola de decorações, e outros tipos de comércio, como “Escolinha” e clínicas. Há mesmo uma empresa que funciona legalmente e que todas as segundas recebe uma imensa carreta procedente do RS com bebidas. O que não falta no Parque é restaurante que funciona principalmente à noite, e alguns com o atrativo de música ao vivo, infernizando o sono dos moradores, diga-se de passagem, sem licença da prefeitura!

Visto de longe, parece que a questão do Parque fica resumida ao “balança mas não cái". Ledo engano! Os moradores vêm sob outra ótica! O Parque tem muitos problemas e eles têm que ser vistos como um todo. Durante os dias úteis, as empresas que funcionam na parte baixa do bairro, atraem um grande número de pessoas, cada uma trazendo um veículo e não há onde estacioná-lo.


Acho que estou me enganando, porque o pessoal resolveu a dificuldade estacionando sobre os passeios, mandando os transeuntes para o asfalto, local onde eles os veículos deveriam estar. Pena que a TRANSALVADOR não cumpra o seu papel fiscalizando e multando os infratores que se sentem donos de qualquer espaço. Afinal, de quem são os passeios? Estacionam até em frente de garagens, como foi o meu caso de anteontem, quando alguém estacionou uma Van de uma produtora de vídeos bem conhecida, bem na porta da minha garagem e eu com um carro dentro! Claro que o pau quebrou! E eu já dei o meu recado e de cara feia! Dá para viver assim? Brigando com vizinhos?
Além do mais, como se não bastasse a quantidade de veículos que estacionam na área durante os dias úteis para o trabalho, há o tráfego. Caminhões pesados fornecedores de cerveja e outros ... A rua Feira de Santana, como se desgraça pouca fosse bobagem, virou “rua de passagem” de motoristas que fogem dos engarrafamentos da Cons. Pedro Luiz em busca da Lucaia. Passam por dentro do Parque. Até mesmo motoristas de outras procedência, aprenderam a usar a rua Feira de Santana como um atalho para a Lucaia.

Acresce que, nesta via, um dos seus lados é estacionamento, na prática, ocupado por alunas de uma escola e gente que procura um Centro religioso. O que resta, meia pista, permite o tráfego nos dois sentidos. São constantes os atritos entre motoristas que se encontram cara a cara e um pretende que o outro abra o espaço para a sua passagem. É por isso que não basta derrubar o balança mias não cai. Vão colocar o que naquele espaço? Atrair mais gente e veículos? Quem vai arcar com o ônus da demolição? Só poderia ser a prefeitura... Esse esqueleto tem uma história complicada ,é um nó cego até para a Justiça desatar. A prefeitura não está se incomodando . Afinal, não está na orla e os turista não vêm...

O Parque Cruz Aguiar, até mesmo em respeito aos seu moradores, necessita que as autoridades competentes (porque até hoje foram incompetentes e desinteressadas) tomem uma atitude moralizadora porque os moradores não estão recebendo de volta os benefícios a que têm direito pelo IPTU e outros impostos que pagam no seu dia-a-dia. O Lixo, até certa data, era recolhido diariamente, passou a ser apanhado em dias alternados, sem que houvesse redução na tarifa respectiva. Quer dizer, ficou mais caro e, para a prefeitura, a “ frota aumentou “... Enfim, Fica no ar a minha opinião de que os problemas do Parque têm que ser vistos e resolvidos com um projeto de “ saneamento” geral. Boa oportunidade para a TRANSALVADOR e a sua engenharia de tráfego esquentar a cuca e para a SUCOM fazer uma fiscalização passando um pente fino em todos os estabelecimentos, cassando alvarás vencidos, verificando construções e aberturas inconvenientes e, sobretudo, suspendendo a liberação de novos alvarás porque aqui não cabe mais nada .

Recentemente abriu um novo restaurante que plantou coqueiros no seu passeio, para que não estacionem veículos sobre eles. A idéia é a seguinte: eles querem os clientes, mas que vão estacionar no raio que os parta. Esse é o maior problema do Parque, Ninguém tem espaço para estacionamento! A escola de decoração a que me referi, por exemplo, não tem uma só vaga para as suas alunas e outros estabelecimentos rezam pelo mesmo manual! Para finalizar, até a própria prefeitura colocou uma repartição na Rua Itabuna que dá para a Feira de Santana, por onde realiza toda a sua movimentação. Se o exemplo vem de cima, me parece que esse não é o caso. Aproveito a oportunidade para sugerir ao Prefeito ACM Neto, a criação de um centro administrativo municipal porque a prefeitura tem muitas repartições espalhadas pela cidade. Não seria uma boa?

Postar um comentário

5 Comentários
* Os comentários publicados são de inteira responsabilidade do autor. Comentários anônimos (perfis falsos ou não) ou que firam leis, princípios éticos e morais serão excluídos sumariamente bem como, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos e agressivos, não serão admitidos.
  1. FALTA ATITUDE POR PARTE DOS MORADORES. ESTA É A VERDADE!
    Não sou advogado, mas na minha opinião isso aí só vai resolver mesmo quando os moradores da Rua se unirem para mover, contra a Prefeitura, uma ação do tipo OBRIGAÇÃO DE FAZER cumulada com ação de reparação por danos materiais e morais, pois foi ela quem, de forma irregular,concedeu o alvará para construção desta geringonça.
    Na ação proposta tem que pedir ANTECIPAÇÃO DE TUTELA que é um procedimento urgentíssimo, pois há vidas correndo riscos. Digo "danos Morais" porque isto aí é uma vergonha mesmo, pois já houve até invasão!
    "Danos Materiais" porque a geringonça desvaloriza muito os demais imóveis da vizinhança.Existe até jurisprudência sobre o assunto
    Portanto, FALTA ATITUDE!!!
    A Justiça só se manifesta quando é provocada e jamais protegeu aqueles que dormem. PONTO FINAL.Unam-se e contratem um advogado.Nem tão caro custa!

    ResponderExcluir
  2. E agora, ninguém comenta ? Agora que a situação do Parque está melhor explicada , será que deu para entender ?

    ResponderExcluir
  3. Olha aqui um depoimento de uma moradora do Parque que eu transportei de outra localização , de outra postagem , para esta - o comentário foi colocado por uma , uma anônima que relata uma situação típica de uma terra sem lei e onde cada qual faz o que quer e bem entende:

    Vejam :Sou moradora há mais de 60 anos do Rio Vermelho e gostaria de continuar sendo até o fim da minha vida,já morei na rua Itabuna, na rua Ilhéus de 1972/2001, atualmente moro na rua Alagoinhas. Saí da Rua Ilheús porque os aborrecimentos eram constantes, muitas vezes ficava impedida de entrar e sair da garagem da minha casa pois em 50 metros próximos a minha casa tinham : escola, academia, restaurantes,Faculdade, Clinicas, Bares, Lojas que a Prefeitura liberava sem que estes estabelecimentos tivessem estacionamentos para oferecer aos seus clientes. Hoje o problema se repete, moro na Rua Alagoinhas e uma loja "Jonhson Fitness Store" resolveu transformar a Rua Remanso em estacionamento privativo com direito inclusive a placa no poste indicando. Os carros estacionam atravessados e com isto mais da metade da rua fica obstruída.Já fiz diversas queixas a Transalvador e até hoje sem solução.

    ResponderExcluir
  4. O situação do Parque não é diferente de outros bairros onde tudo é permitido.

    ResponderExcluir
  5. Entra prefeito, sai prefeito e as Ruas do Parque Cruz Aguiar (Loteamento que faz parte da história desta Cidade por ser o primeiro lançado em Salvador a oferecer infraestrutura completa aos seus moradores)continuam sendo agredidas pelas autoridades Municipais.

    Ainda mais porque as Ruas desse Loteamento homenageiam várias cidades do Estado e, neste caso, a Prefeitura (quem tem a obrigação Constitucional de conservar e zelar pelas Ruas) DESRESPEITA ATÉ O MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA, QUEM EMPRESTOU O SEU NOME.
    VERGONHA!!!

    ResponderExcluir