Requalificação do Rio Vermelho vai custar R$44 milhões

Requalificação do Rio Vermelho vai custar  R$44 milhões
Foto/divulgação
A ordem de serviço para início imediato das intervenções no Rio Vermelho foi assinado pelo prefeito ACM Neto na manhã desta segunda-feira (15), em cerimônia realizada no Teatro Sesi, localizado no bairro, que contou com a presença dos secretários da Casa Civil, Luiz Carreira, e de Infraestrutura e Defesa Civil (Sindec), Paulo Fontana, além da presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, do superintendente de Trânsito de Salvador (Transalvador), Fabrizzio Muller, demais autoridades e moradores.

O prefeito pontuou que, dentre todos os projetos dos trechos de Orla que sofreram ou sofrem intervenções da Prefeitura, o do Rio Vermelho foi o que demandou maior diálogo e estudos em parceria com a comunidade, já que o local é um dos pontos de maior frequência de pessoas e de intenso fluxo viário. “Este é um bairro diferente, com forte presença residencial e comercial, e com características que deveriam ser compreendidas e respeitadas. Foi necessário muito estudo e análise para realização dessa obra e é impossível fazer essa intervenção sem trazer impactos, mas posso garantir que todo o plano foi construído de forma a minimizar esses impactos”, destacou.

“É importante ressaltar que esse projeto de revitalização da Orla do Rio Vermelho pode ser ampliado e entendemos que o bairro pode ser o principal local de movimentação do turismo. Queremos que o bairro também possa ter um olhar atento dos investidores, tanto para recuperação de imóveis quanto para a instalação de novos estabelecimentos”, salientou ACM Neto. Ainda na cerimônia, foi apresentado ao público os vídeos institucionais sobre as intervenções e mudanças no tráfego para realização da primeira das três etapas das obras, assim como foi feito um agradecimento aos moradores pela participação na construção do projeto.

Intervenções - A requalificação dos três primeiros trechos da Orla do bairro do Rio Vermelho abrangem uma área de 52,5 mil metros quadrados, numa extensão de 1,7 quilômetro e com um investimento de R$44 milhões. As obras, que vão preservar as características do bairro, seguirão as normas de acessibilidade e novas práticas urbanas, com a adaptação do sistema viário para inclusão de espaços compartilhados por pedestres, ciclistas e automóveis, além do aumento do número de vagas em estacionamentos.

Além de dialogar com a atmosfera boêmia do bairro, as intervenções vão requalificar suas áreas de lazer e espaços públicos, com qualidade estética e funcional. O projeto abrange o trecho de Orla que vai da Praia da Paciência, passando pelo Largo da Mariquita até a entrada da Fonte do Boi. Serão feitas intervenções também nas ruas João Gomes, Almerinda Dutra, Borges dos Reis, Guedes Cabral, além das praças Brigadeiro Faria e Colombo, trecho da Avenida Oceânica e do Largo de Santana.

Como o Rio Vermelho é um importante canal de passagem de tráfego e ligação entre bairros, as obras serão executadas em três trechos para aliviar o impacto na rotina dos moradores, visitantes e comerciantes. O primeiro trecho, numa extensão de 365 metros e área de 16.328,14m2, engloba o estacionamento do Largo da Mariquita, a cobertura do canal, a calçada da Igreja de Santana ao Sesi, o entorno da Casa de Yemanjá e as ruas João Gomes e Professora Almerinda Dutra e Largo de Santana. As intervenções envolverão recomposição do piso asfáltico, da drenagem, execução de novas calçadas em concreto e requalificação do Largo de Santana.

No segundo trecho, com extensão de 638m e área de 16.296,19m2, estão previstas obras que englobam as ruas Guedes Cabral e Borges dos Reis, no estacionamento do Largo de Santana, Praça Colombo e Largo da Mariquita. Será implantado piso em blocos de concretos intertravado, execução de valas técnicas, recuperação de drenagem e construção de novas calçadas em concreto.

O mesmo tipo de intervenção será feita nos 638 metros de extensão e área de 16.296,19m2 do terceiro trecho, nas ruas da Paciência e Avenida Oceânica. Ficarão para as próximas etapas os trechos quarto e quinto, que englobam as intervenções na Praça Brigadeiro Faria e as ruas Oswaldo Cruz, Odilon Santos, Marquês de Monte Santo, Do Meio, do Barro Vermelho, Fonte do Boi e a Travessa Basílio de Magalhães.

Conceito - Segundo o secretário da Casa Civil, Luiz Carreira, o projeto tem como principal qualidade respeitar as áreas de valor ambiental, cultural e paisagístico do bairro. “É uma intervenção que dá ênfase à utilização dos espaços públicos, valoriza os monumentos culturais e promove a acessibilidade e mobilidade, buscando preservar o charme boêmio do Rio Vermelho, marcado pela presença do mar, de largos e praças das mais frequentadas da cidade”.

O projeto prevê alternativas de mobilidade, identifica circuitos para pedestres e veículos, desenvolve alternativas de utilização e ampliação dos espaços públicos, com intervenções no sistema viário e espaços contíguos, assegurando prioridade e eficiência na circulação de pedestres e ciclistas. Está prevista também a inserção de mobiliário urbano especial para a área, com o objetivo de criar espaços de lazer e de estar para convivência e contemplação nas praças, largos e calçadões.

Capricho nos detalhes - O paisagismo será requalificado, e todas as novas espécies plantadas a fim de trazer espaços de sombreamento e proteção, delimitação e divisão espacial, valorização a proteção às paisagens e integração dos espaços públicos. Sob a responsabilidade da FMLF, o projeto foi concebido pelo escritório do arquiteto Sidney Quintela.

As pavimentações dos largos e praças terão detalhes e paginações especiais, e incluirão o uso de materiais resistentes, em sintonia com o conceito estético da intervenção. Nos decks e nos acessos à praia foi especificado o piso em de madeira ecológica ou porcelanato amadeirado com acabamento antiderrapante.

O projeto prevê também a preparação de rede subterrânea para a transferência de redes aéreas, eliminando posteamento (à exceção dos postes com luminárias), diminuindo assim a poluição visual do bairro. A iluminação será feita a partir de luminárias em LED, inclusive com refletores voltados para praia e será dividida em potências que variam de acordo com o uso da área. (com informação da assessoria)

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