Prefeitura abre diálogo com entidades do Rio Vermelho

Prefeitura abre diálogo com entidades do Rio Vermelho
Secretário Guilherme Bellintan 

O Secretario de Desenvolvimento Turismo e Cultura da Prefeitura de Salvador, Guilherme Bellintani reuniu-se na noite de quinta-feira (18) com moradores e associações do Rio Vermelho, no Salão Paroquial da Igreja de Sant`Anna, para tratar das demandas do bairro, algumas das quais já haviam sido encaminhadas à gestão passada sem solução.

O secretário Guilherme, ex-morador e frequentador do Rio Vermelho, foi designado pelo prefeito ACM Neto para acompanhar e dar resposta às demandas do bairro. A reunião foi definida como o primeiro passo para se estabelecer um diálogo permanente entre a gestão municipal e a comunidade por meio de suas entidades representativas.

A Amarv que provocou o encontro, apresentou as 20 reivindicações do bairro consideradas mais urgentes, definidas em reuniões anteriores e publicadas neste Blog. Entretanto, no decorrer da reunião ficou evidente a falta de consenso sobre muitas delas, inclusive, a transferência das quadras da Rua da Paciência para a Mariquita e a cobertura do Rio Lucaia no trecho da Rua do Canal, questão bastante polêmica. O próprio secretário, embora assinalando que não se furtará em discutir a questão em outra oportunidade, considerou improvável a execução dessa obra.

Prefeitura abre diálogo com entidades do Rio Vermelho
Lauro presidente da Amarv o secretário Guilherme e vereadora Aladilce 

Com relação às outras reivindicações possíveis de serem atendidas a curto prazo, pontuou a pintura das faixas de pedestres nas ruas indicas, a retirada do ponto de taxis da praça do Porque Cruz Aguar,(após um processo de diálogo com os taxistas ) a organização do comercio informal, além de notificar dos proprietários dos imóveis para que recuperem os passeios. Com relação às crateras da Paciência e a erosão que vem se acentuando próximo às quadras, concordou a com a gravidade da situação, mas antecipou que não será uma solução fácil. Bem como não será fácil a curto prazo a requalificação da Mariquita por ser um projeto que requer investimento maior.

Sobre os buracos que se espalham em várias ruas, disse que bairro não está entre os mais problemáticos, que há uma demanda muito grande nesse aspecto, razão pela qual foi feita uma programação de ação levando em consideração as situações mais urgentes. Com relação ao banho de luz, antecipou que a situação é semelhantes e que a atual gestão encontrou 30 mil lâmpadas para serem trocadas, portanto, a reivindicação não poderá ser atendida prontamente.No item limpeza pública, disse que já houve uma melhora, mas revelou que a prefeitura encontrou apenas dois ficais para tomar conta de toda a cidade o que prejudica a fiscalização, acentuado que é preciso que a comunidade também colabore.Para disciplinar e fiscalizar o transito também ainda tem dificuldades porque são apenas 600 agentes, número considerado reduzido para atender a toda a demanda da cidade. Disse que quem estiver esperando ver a cidade funcionando perfeitamente em seis meses, vai se frustrar porque isso será impossível. “ Não estamos falando em herança maldita, estamos trabalhando, mas vamos levar um tempo para resolver todas essas questões” assinalou

Sobre a verticalização do bairro, uma questão levantada por moradores da Rua do Barro Vermelho, disse não enxergar maiores problemas e sugeriu uma discussão mais “filosófica”, sobre essa questão que segundo ele é uma tendência. “ Sem a verticalização os bairros ficam estagnados”, disse ele, mas também deixou claro que está aberto a discutir essa questão, embora o que ficou entendido é que não haverá mudança nessa "tendência".


Moradores e representantes de entidades participaram da reunião 

Adiantou que a estratégia é colocar em prática um plano de ação desenvolvido em três momentos. No primeiro, atendimentos às reivindicações mais imediatas, o segundo execução do projeto que já está praticamente pronto que apresentou durante a reunião que vai revitalizar a Rua da Paciência até a Casa de Iemanjá. Disse que o passeio em balanço proposto no projeto original não foi autorizado pelo Iphan, razão pelo qual será necessário um novo estudo para dar outra solução a ampliação dos passeios, mas adiantou que essa intervenção deve ocorrer ainda esse ano, e, finalmente, uma terceira etapa a execução do macro projeto que será executado ao longo dos quatro anos, semelhante ao que já está sendo feito na Barra.

Na abertura da reunião o presidente da Amarv falou da importância da abertura de canal de dialogo da comunidade com o Executivo, enquanto a vereadora Aladilce, ressaltou os esforços empreendidos durante a gestão passada para encaminhamento das reivindicações do bairro, sem obter êxito e a expectativa de que as coisas realmente aconteçam na atual gestão na medida em que há uma certa frustração na comunidade com o descaso que se observa com o bairro apesar de toda a mobilização.. 

No final do encontro ficou definida uma próxima reunião dentro de 30 dias com a participação de um representante de cada entidade para conhecimento do que está em andamento e um encontro mais amplo com a comunidade para repassar as informações mais concretas.

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